Minha cidade é pequena e é do interior do Espirito santo.Lugar de gente simples e trabalhadeira,e que apesar do tempo ter passado,não esquece o passado,e nem do povo de antigamente,que saiam em comitivas em lombos cavalos e burros conhecidos como tropeiros,devido a tropa que levava,e é dessa época que surgiu o feijão tropeiro,uma comida completa e muito apreciada e fácil de fazer.
minha cidade chama-se Ibatiba ''fruta doce''em tupi guarani.me orgulho de falar nela,pois foi nela que nasci e que vivi a vida toda,apesar de viver viajando e de conhecer quase o Brasil todo,não troco minha pequena Ibatiba por outra,aqui acontece de tudo...
Ibatiba é bem fria,a economia é o café,tem cerca de quase 22000 habitantes,e fica localizada no sul do Espirito Santo,quase fazendo divisa com Minas Gerais) e a 166 km da capital Vitoria.
Lugar de gente bonita,e que preserva a tradição,de um bom café,comidas caseiras e típicas.
Lugar de gente bonita,e que preserva a tradição,de um bom café,comidas caseiras e típicas.
Essa é a panela do feijão tropeiro
Maior Feijão Tropeiro do Mundo
O Maior Feijão Tropeiro do Mundo surgiu na Festa do Tropeiro em 2009. Na sua primeira edição foram preparados 843 quilos de feijão tropeiro em uma enorme panela de aço, com 6 metros de diâmetro e um metro e meio de profundidade.
A panela que é afixada em uma fornalha de barro gigante, à lenha, recebe os ingredientes que são misturados na hora com o auxílio de pás de madeira.
Devido ao sucesso do Maior Feijão Tropeiro do Mundo a cidade foi reconhecida como a Capital Capixaba do Tropeiro e o Estado ganhou o Dia Estadual do Tropeiro – comemorado no primeiro domingo de setembro.
O projeto “Maior Feijão Tropeiro do Mundo” visa inicialmente fortalecer a cultura tropeira no município de Ibatiba. Em 2010, o objetivo é fazer 1000 quilos de feijão tropeiro e reunir cerca de 6 mil pessoas no evento.
A festa conta com a participação das comunidades rurais e de toda a sociedade ibatibense. Durante a realização do Festival Sabores da História “Maior Feijão Tropeiro do Mundo”, a programação é voltada para a cultura tropeira, com shows, moda de viola e entrega de comendas.
A festa do Tropeiro
“Mais que uma festa, um resgate cultural e histórico”
Homens destemidos e aventureiros desbravaram o território nacional, viajando conduzindo animais e atravessando mercadorias, assumindo assim um importante papel no cenário sócio-econômico da época, eles eram chamados os TROPEIROS.
Nos dias de hoje ainda colhemos frutos dessas infindáveis jornadas tropeiras que trouxeram desenvolvimento e deixaram marcas profundas em nossa cultura.
Com o objetivo de resgatar e festejar essa importante parte da nossa história, em 2003, um grupo de amigos criou a FESTA DO TROPEIRO, e respectivamente formaram a Associação da Festa do Tropeiro – AFETROPE.
O evento, que em 2010 completa sua sexta edição, ao longo dos anos transformou-se na festa mais tradicional de toda a Região do Caparaó.
A próxima festa acontecerá nos dias02,03 e 04 de 2011.
Um dos grandes destaques da Festa do Tropeiro é o Rancho do Rosário, construção feita de telha cumbuca, chão batido e parede barreada, um pedacinho do passado aberto à visitação onde ficam expostos utensílios
usados pelos tropeiros e engenhocas da época, como moenda de cana e alambique.
No Rancho, o visitante pode provar as delícias da culinária típica, broa, paçoca, pé-de-moleque, feijão tropeiro e biscoitos tudo feito na hora em panelas de ferro, no forno à brasa e fogão a lenha.
Ainda para o Rancho estão programados, todos os dias, a apresentação de sanfoneiros e a famosa LEITOA A PURURUCA.
E já que o assunto é gastronomia não podemos esquecer do Maior Feijão Tropeiro do Mundo, que é realizado no domingo. E para abrir o apetite à dica é acompanhar antes do almoço o desfile das tropas de burro, carros de boi que serão guiados pelos nossos mais antigos tropeiros através das principais ruas da cidade e a cavalgada.
Afetrope
A AFETROPE é uma instituição sem fins lucrativos criada no ano de 2003 com o objetivo de preservar a cultura, as tradições históricas e os costumes trazidos pelos primeiros moradores do município, com isso apoiar e difundir intercâmbios, iniciativas culturais, artísticas e folclóricas ligadas a nossa cultura, mantendo as origens deixadas pelos tropeiros da época.Uma de nossas finalidades também é auxiliar na medida do possível e a critério da Assembléia Geral as instituições filantrópicas existentes no município.
Característica do Evento
Durante o período das festividades toda programação da festa é voltada para a cultura tropeira. Que é:
Shows - músicas raízes e regionais.
Desfile Rural - resgata toda a história de nossa cidade onde se reúne carros e tropas de boi, charretes, tropas de burros e muito mais (lembrando que em sua 1º edição o desfile foi destaque numa reportagem do Globo Rural).
Encontro dos Tropeiros Homenageados – durante o evento serão lembrados os mais antigos do município, com isso todos se reúnem no sábado dentro do Rancho para contar “causos” da época, como forma de estar levando a história de nossa cidade a cada morador e visitante.
Rancho do Rosário – uma construção nos moldes que os tropeiros habitavam na época, "chão batido, paredes barreada, cobertura de telha cumbuca, fogão a lenha", e exposição de muitos acessórios da época e artesanato da cidade. No rancho também é alambicada na hora uma deliciosa cachaça, feito um delicioso café de rapadura, broa de melado e outras guloseimas da região.
Cavalgada – participação de mais de 700 cavaleiros, e percorre um trecho que era usado habitualmente naquela época.
Comida Tropeira – um delicioso prato que é servido todos os dias, mais especialmente no domingo depois da cavalgada, o mesmo é composto por “arroz, feijão tropeiro e carne ou lingüiça”.
Rainha do Tropeiro – é escolhida entre jovens que sejam de famílias de nosso município, e durante todo o evento participa na recepção das festividades, sempre usando traje típico.
História de Ibatiba |
Escrito por Abraao |
Seg, 12 de Janeiro de 2009 23:18 |
Os primeiros habitantes foram os índios oriundos da língua Ge e Macrogê, representados por Puris e Botocudos, com diversas tribos espalhadas por todo o território, à medida com que os colonizadores apareciam eles recuavam para o interior do país. As diversas tribos que aqui existiram desapareceram por completo, deixando apenas alguns utensílios para marcar sua passagem.
Com a vinda de D.João VI pra o Brasil em 1908, aconteceu a abertura dos portos e ordenou-se a construção de estradas de ferro ligando o interior às capitais no litoral do Espírito Santo. Os governadores da província do Espírito Santo era Rubim Alberto da Fonseca e Sá Ferreira. Foi construído o trecho dentro do Espírito Santo tendo em seu percurso um quartel à cada légua, com a finalidade de oferecer abrigo aos transeuntes com suas tropas. A estrada recebeu o nome de Dom Pedro de Alcântara, em homenagem ao herdeiro do trono, Dom Pedro II.
Em 1816, a estrada foi inaugurada, saía da Cachoeira do Rio Santa Maria, passava por São João de Viçosa, descia a serra de Castelo, passava perto do Senhor Silvio Gomes veio margeando o Rio Pardo, até a abertura da atual cidade de Iúna, onde subia pelo Rio Pardinho e encerrava o seu trecho no Príncipe.
INÍCIO DO POVOAMENTO
Poucos anos depois de inaugurada, a estrada estava quase abandonada devido aos índios que aqui habitavam. Porém, para desenvolver a colonização da região espalhou-se a notícia que o Rio Pardo recebeu esse nome devido a sua cor, cor essa que era tingida por grandes quantidades de ouro em seu leito. Isto atraiu muitas pessoas, aventureiros e trabalhadores, principalmente de Minas Gerais, entre os quais destacaram o senhor João da Silveira, que chegou na região em 1842 com sua família. Não encontraram ouro, mas encontraram uma terra fértil onde tomou posse de uma sesmaria (600 alqueires de terra). O senhor João da Silveira trouxe consigo a esposa Jacinta e os filhos Manoel e Mariana. Ele e muitas outras pessoas vieram atrás do ouro.
Pouco depois de instalados no lugar denominado Vila do Rosário do Rio Pardo do Norte, aconteceu em Minas Gerais uma revolução que ficou conhecida como Revolução de Teófilo Otoni por esse motivo muitas famílias vieram para o Espírito Santo, lá seus bens eram confiscados pelo governo e tinham que sair deixando tudo para traz. Essas famílias que vieram para o Espírito Santo, fugiram à noite e conseguiram trazer seus escravos, burros com canastras, muitos bois e mantimento, aqui apossaram-se das terras que queriam. Esse acontecimento foi por volta de 1843 a 1863.
Em 1898, foi criada a 1º capela de Nossa Senhora do Rosário, sendo o terreno doado pelo senhor Manoel da Silveira, a quantia de 11 alqueires de terra, tendo ele herdado de seu pai onde iniciou a construção daVila atualmente a cidade de Ibatiba. A doação foi feita por causa de uma promessa feita pelo senhor Manoel da Silveira na intenção da saúde de sua filha que estava doente.
Em 1890 chega ao Rosário do Rio Pardo do Norte a família Dias de Carvalho vindos de Carangola Minas Gerais.
O primeiro cartório pertencia ao senhor Artívio Valadão e o primeiro comércio pertencia aos irmãos Elias Alcure e Salomão Fadlalah que vendia de tudo um pouco. Os produtos eram trazidos de Guaçui pelas tropas do senhor Elias Alcure e a viagem durava 3 dias. O primeiro rádio pertenceu a família do senhor Francisco Dias de Carvalho.
Em 1908, chega à Vila do Rosário do Rio Pardo do Norte os imigrantes Libaneses. A viagem naquela época durou 3 meses e esses libaneses vieram fugindo da Guerra. Aportaram no Rio de Janeiro e vieram pra Manhuaçú onde já haviam outros libaneses. Foram trabalhar com tropas mascateando e vendendo muitos produtos. O 1º comércio foi uma sociedade entre os primos Elias Alcure e Salomão Fadlalah que durou 10 anos. Ao desfazerem a sociedade o senhor Elias Alcure foi negociar terras, gado e café e o senhor Salomão Fadlalah continuou com o comércio. Entre os senhores Elias Alcure e o senhor Francisco Dias de Carvalho surgiu uma amizade muito grande.
Em 1918 a Vila do Rosário do Rio Pardo do Norte recebeu o nome de Vila do Rosário, distrito de Iúna no ano de 1920 em homenagem a Nossa Senhora do Rosário, o senhor Francisco Dias de Carvalho doou 2 alqueires e meio de terra para a igreja. Tem início em 1928, a abertura da primeira estrada para veículos ligando a Vila do Rosário a Iúna, sua conclusão foi no ano de 1929 Vila do Rosário, no ano de 1937, recebe o serviço de iluminação com um gerador do senhor Salomão Fadlalah. Pouco tempo depois em 1940 é instalado a 1º máquina de beneficiar café.
Em 1942, as famílias Machado, Alcântara, Silveira, Teodoro, Dias de Carvalho, Florindo, Paula e Freitas já desenvolviam a agricultura e o comércio era impulsionado pelos irmãos Elias Alcure e Salomão Fadlalah.
Por volta de 1944, Vila do Rosário passa a se chamar Vila de Ibatiba. Em 1946 chega as primeiras notícias da construção da estrada que ligaria Vitória a Belo-Horizonte. Porém somente em 1950 os primeiros trabalhadores do DNER chegaram. O primeiro serviço de abastecimento de água, feito pelo então prefeito João Rios aconteceu no ano de 1954. Em 1960 chega o 1º ônibus ligando a Vila de Ibatiba a Iúna, três anos depois 1963 chega o 1º aparelho de TV, recebendo imagens da Serra do Caparaó, da propriedade do senhor José Rabelo. Em 1964, o IBGE muda o nome de Vila de Ibatiba para Ibatiba nome indígena, que significa “Pomar”. Em 1967, é inaugurada a Torre de recepção de TV.
Chega em 1968 a Companhia Construtora de Estrada – CITOR - que iniciou a construção da BR 262, que foi inaugurada em 1969 pelo então ministro do Transporte Mário Andreazza.
Em 1970 é criada a ADI (Associação Pró Desenvolvimento Urbano e Rural de Ibatiba), com o objetivo de lutar para que a emancipação política acontecesse.
Em 1971, podemos destacar a construção do Ginásio Estadual e Escola Normal de Ibatiba. Em 1973 surgi o time 1500. A inauguração da biblioteca pública e agência dos Correios aconteceram no ano de 1974 e em 1975 é inaugurado o 1º Jardim de infância, tendo como professora a senhora Vearildes.
A Associação Atlética Futebol Clube foi criada em 1977, em 1978 é inaugurado o Posto de Saúde e a Agência do Banestes, foi criado o Curso de Contabilidade e em 1979 implantado os serviços da CESAN.
Depois de muita espera e angústia chega a notícia da emancipação política de Ibatiba em 07 de Novembro de 1981.
No ano de 1982, acontece a 1ª eleição municipal tendo como Prefeito o senhor José Alcure de Oliveira. Em 1983 é inaugurada a Agência do Banco do Brasil e a Escola Helena Almocdice Valadão. A escola recebeu esse nome em homenagem a senhora Helena uma das pioneiras na educação em Ibatiba.
Ibatiba passa a ser Comarca em 1992. Em 1993 é inaugurada a Escola estadual David Gomes. O Fórum Municipal Epaminondas do Amaral e a Escola Santa Maria foram inaugurados no ano de 195 e em 1999 inaugurada a Escola Eunice Pereira da Silveira.
Foi realizado em 2001 o inventário dos pontos turísticos de Ibatiba no mesmo ano foi inaugurada a iluminação do BR 262 e realizada a III Mostra do Desenvolvimento Sustentável da Região do Caparaó. Em 2002 acontece a Construção da Estação de Tratamento de Esgoto.
No ano de 2004 é inaugurado o novo prédio do Fórum Desembargador Epaminondas do Amaral.
ASPÉCTO SOCIAL
O município de Ibatiba situa-se na região sudoeste do estado do espírito Santo, microrregião sul, latitude 20º 14’ 04’’ e longitude 41º 30’ 37’’, possui uma área de 225,1 Km e uma população de 19.210 habitantes (censo de 2001).
É composto por 28 comunidades sendo elas: Retiro, Alto Crisciúma, Santa Clara, Posto Fiscal, Trevo de Santa Cruz, Pontal, Neblina, Santa Isabel, Mata da Onça, Cafarnaun, Paraíso, Serro Frio, Córrego dos Rodrigues, Ipê, Córrego Carangola, São José do Meriti, Cabeceira do Rio Pardo, Santa Maria de Cima, Santa Maria de Baixo, Boa Esperança, Cachoeira Alegre, Perdido, Perobas, Água Limpa, Barra Grande, São José e Cambraia.
De acordo com a lei estadual nº 3,430 de 07/11/1981, o município foi emancipado no dia 07 de novembro de 1981, senso desmembrado do município de Iúna e fazendo divisas com:
* Brejetuba: Começa no Pico Guandu na divisa com o Estado de Minas Gerais; segue pelo divisor de águas das bacias dos rios Braços Norte Esquerdo e Rio Pardo (Serra do Valentim);
Até a divisa com o município de Muniz Freire.
* Muniz Freire: Segue pelo divisor de águas das bacias dos rios Braços Norte Esquerdo e Rio Pardo (Serra do Valentim) até o divisor de águas dos córregos Bom Sucesso e Perdido na divisa com o município de Iúna.
* Iúna e Irupi: Segue pelo divisor de águas dos córregos Bom Sucesso e Perdido, até a foz do Córrego Várzea Alegre no rio Pardo; sobe o Rio Pardo até a foz do ribeirão São José; sobe por este até a ponte sobre o seu afluente córrego Santa Clara na estrada federal BR 262; segue pelo eixo desta até o primeiro afluente do ribeirão do fama, desce pelo ribeirão do Fama até a divisa com o estado de Minas Gerais.
* Lajinha e Mutum (MG): Segue pelo paralelo do pico Guandu até o ponto inicial.
Por ser um município cortado pela BR 262 e pela tradição de seu povo em ser acolhedor, aliado à perspectiva de trabalho na lavoura cafeeira, recebeu nas últimas décadas um contingente muito grande de imigrantes, o que fez com que houvesse uma miscigenação das raças, sendo comum encontrar descendentes de turco, libanês, português, espanhol, alemão, italiano, africano, indígenas, etc.
ASPÉCTO ECONÔMICO
A economia municipal tem no café o seu principal produto, responsável pela absorção da mão-de-obra de aproximadamente 6.000 pessoas (INCAPER, 2003).
A produtividade e a qualidade do produto melhoraram muito ultimamente devido a investimentos que foram feitos pela prefeitura que montou a sala de prova e contratou um provador e devido a uma boa assistência técnica que é prestada pelo Incaper em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura. O crédito rural também tem contribuído na manutenção de uma boa produtividade e melhoria da qualidade, através de recursos para custeio da atividade, como também recursos para investimento, principalmente em terreiros e unidades de descascamento e beneficiamento da produção. Os recursos destinados ao crédito rural ( Pronaf, Proger Rural, Proazém, etc ), beneficiam através dos agentes financeiros ( Banco do Brasil, Sicoob, Banestes e Bandes ), em torno de 1000 produtores anualmente com recursos para custeio e nos últimos anos beneficiou mais de 400 produtores com recursos para investimentos, com isso o reflexo já pode ser medido, uma vez que atualmente 80% da produção de café é de bebida riada para melhor e o município que a dois anos não produzia sequer uma saca de café cereja descascado, produziu este ano aproximadamente 5.000 sacas.
O município é servido por boas estradas vicinais, transitáveis o ano todo, o que favorece o transporte de insumos e da produção, sendo esta comercializada a empresas locais.
Além do café, cultiva-se milho e feijão e cria-se pequenos animais para subsistência.
A olericultura (cultura de legumes) é produzida em pequena escala, com excelentes condições de solo, água e clima para a sua expansão. A produção obtida é comercializada principalmente na Ceasa de Belo Horizonte.
Rede Bancária: Banco do Brasil S/A, Banestes e Sicoob.
PRINCIPAIS PRODUTOS:
Café, Milho, Feijão, Tomate, Repolho, Eucalipto, Olerícolas, Bovinocultura.
ASPÉCTO AMBIENTAL
O município está situado na região de montanhas do estado do espírito Santo, possui relevo acidentado e altitude variando de 650 à 1500m. Os seus recursos hídricos dão origem à bacia do rio Itapemirim e são formados por inúmeras nascentes bem distribuídas em seu território e dão início a vários mananciais sendo eles: rio Pardo, rio São José, Ribeirão Santa Clara, córrego Santa Maria, córrego dos Rodrigues, córrego dos carangolas, córrego do Perdido e córrego Crisciúma, sendo este pertencente à bacia do rio Doce.
O clima é de montanhas com temperaturas médias das mínimas entre 7,3 e 9,4ºC e média das máximas entre 25,3 e 27,8ºC com o período chuvoso se concentrando nos meses de janeiro e abril e outubro a dezembro, o período parcialmente seco se concentra nos meses de maio a junho e setembro e o período seco no mês de agosto e temperatura média das mínimas entre 9,4 e 11,8ºC e média das máximas entre 27,8 e 30,7ºC com período chuvoso se concentrando nos meses de janeiro e abril e outubro a dezembro, o período parcialmente seco no mês de maio e o período seco nos meses de junho a setembro.
Predomina o solo latossolo vermelho amarelo, com a quase ausência de solos ricos. Notável presença de solos profundos, elevada densidade de cursos d’água permanente, concentração de pequenos estabelecimentos rurais. O café arábica está mais localizado nas proximidades da transição para as áreas de temperatura amena. Grande viabilidade local de ambientes em função de diferenças nos solos e na exposição à radiação solar. Maior densidade de drenagem, exceto no epicentro das grandes áreas férteis. Áreas com sinais de vegetação com maior exuberância no vigor vegetativo. Alta capacidade de recomposição da vegetação natural após desflorestamento.
A cobertura vegetal é composta por resquícios da mata atlântica, devastada em função da implantação da lavoura cafeeira, sobretudo nas encostas. A vegetação das partes mais baixas deu lugar a lavouras temporárias e pastagens. Resta atualmente 450ha de floresta nativa e 485ha de floresta plantada, estando incluído na mesma o Horto Florestal Municipal com 27ha.
A vegetação arbórea nas áreas remanescentes de mata atlântica são: Palmito Jussara, Jequitibá Rosa, Quaresmeira Roxa, Bicuíba, Quina do Mato, Vassourão, Pau de Tucano, Xaxim, Pitanga do Mato, Abacateiro do Mato, Canjambo, Caixeta Mole, Canela Ferrugem, Moço Branco, Pau de Lacre, Sangue de Boi, Canjerana, Araticum Cagão, Cedro Vermelho, Peroba Rosa, Goiabeira do Mato, Açoita Cavalos, Camboatá, Canela Fedorenta, Jequitibá Branco, Pororoca Vermelha, Cedro Cheiroso, Caixeta, Embaúba Branca, Braúna, Bico de Pato, Cinco Folhas, Ingá Macarrão, Paineira Rosa, Folha de Serra, Canela Sassafrás, Joá de Árvore, Maminha de Porca, Caroba Roxa, Imbira Amarela, Embaúba Vermelha, Mutamga Preta, Ipê, Canela do Campo, Pimenteira, Araçá, Bicuíba, Jacarandá, Angico Branco, Figo do Mato e Guatambu.
De acordo com o Relatório de Impacto Ambiental da Mineração Curimbaba (2001), a vegetação existente é composta de: justiça, Amaranta, Ipêzinho, Amora Vermelha, Samambaiaçu, Carqueja, Picão, Quebra Pedra, Cróton, Malva, Quaresminha, Cambará, Bromélia, Sapê, Grama, Capim Colonião, Orquídeas e Capim Brachiária.
Os peixes ainda existentes são: Lambari, Traíra, Piau, Mandi, Cambéva, Cascudo, Barrigudo, Acará, Peixe Cobra e Telaria.
A fauna terrestre ainda existente é composta de: Sapo Amarelo, Rã da Mata e Manteiga, Perereca, Perereca Verde, Dormideira e de Moldura, Calango, Lagarto, Cobra de duas Cabeças, D’água, Limpa Mato, Verde, Cipó, Jararaca e Jaracussú, Inhambu, Garça, Socó, Marreco, Gavião Carrapateiro e Carcará, Urubu, Jacu, Saracura, Frango D’água, Siriema, Quero Quero, Rolinha, Pomba Amargosa, Alma de Gato, Anu Preto, Branco e Coroca, Beija Flor, Martim Pescador, Tucano, Pica Pau, João de Barro, Noivinha, Maria Preta, Bem te Vi, Suirir, Andorinha, Sabiá, Laranjeira e do Campo, Pássaro Preto, Tico Tico, Canário da Terra, Trinca Ferro, Sanhaço, Pardal, Gambá, Bugio, Macaco Prego, Mico, Tatu Peba, Coelho do Mato, Caxinguelê, Rato do Mato, Preá, Capivara, Paca, Cachorro do Mato, Quati, Lontra, Gato do Mato e Morcego.
Os agricultores cujas propriedades se localizem às margens do rio Pardo, principal manancial do município, têm encontrado sérias dificuldades devido à contaminação das águas do mesmo. Esta contaminação ocorre devido à localização inadequada dos depósitos de lixo urbano que se encontram a céu aberto e em locais que durante as chuvas favorece o carreamento de parte do mesmo, poluindo a água que no caso é utilizada para sedentação de animais e irrigação. A parte não degradável deste lixo, após as enchentes fica depositado nas pastagens e / ou culturas ribeirinhas.
Vale, ressaltar, ser o rio pardo um manancial localizado na cabeceira da bacia do Itapemirim e que a contaminação do mesmo afeta toda a citada bacia.
A contaminação também acontece pelo lançamento de esgoto in natura nos mananciais, diminuindo a quantidade de água em condições de ser usada para irrigação e outros fins.
Esforços têm sido feitos para a solução do problema, uma vez que se encontra em fase final de montagem a usina de separação e beneficiamento do lixo, financiada com recursos do PRONAF e municipais, que após concluída amenizará o problema.
Quanto à questão do esgoto in natura, já se encontra em construção a estação de tratamento que objetiva solucionar o problema relacionado ao esgoto urbano. Quanto ao esgoto rural, esforços precisam ser demandados no sentido de conscientizar os moradores da necessidade de utilização de tecnologias do tipo fossa etc., evitando o lançamento de objetos principalmente humanos nos cursos d’água.
POTENCIALIDADES TURÍSTICAS
Ibatiba possui vários atrativos (casarões, cachoeiras, picos, montanhas, áreas de florestas, e etc...) aliados a uma variada culinária, potenciais importantes para o desenvolvimento do agroturismo. Sua posição geográfica lhe permite ter, o privilégio de ser cortado pela 262 e estar próximo de Vitória e Belo Horizonte, que são dois grandes centros consumidores. Tendo com isso a facilidade de escoamento da produção e a enorme condição do desenvolvimento do agroturismo no município, assegurada pelo fácil acesso a uma rodovia federal por onde transita uma grande massa de consumidores potenciais.
Com uma enorme variedade étnica que a décadas vem contribuindo para a miscigenação das raças, tornando comum encontrar descendentes de turco, libanês, português, espanhol, alemão, italiano, africano, indígena, etc, que trouxeram uma grande variedade gastronômica, introduzindo inúmeros pratos típicos que se tornaram parte do cotidiano da sociedade Ibatibense: frango com quiabo, feijão tropeiro, salpicão, mandioca com torresmo, canjica com costela de porco, quibe cru de carne de carneiro, salgados, caldo de mocotó, feijoada, vaca atolada, etc.
Milho – pamonha, mingau, cuzcuz, canjiquinha, broas, angu e suco de milho, mandioca – farinha, polvilho, biscoito, caldos etc.
Cana – melado, rapadura, cachaça, broa de melado, etc.
Frutas – doces variados, sucos, licores etc.
Leite – queijos, iogurtes, manteiga, requeijão, rosquinha de nata, doce de leite, etc.
Carnes – lingüiça, defumados, etc.
Seu calendário de festas também não fica para trás, pois por ser um povo com fama de festeiro e acolhedor consegue trazer multidões de pessoas nas festas comunitárias. Se tivesse uma festividade com repercussão nacional seria quase impossível andar nas ruas, que em festas municipais já se observa um grande número de turistas. Abaixo citamos algumas delas:
Festas Juninas – organizadas pelas escolas municipais e comunidades no mês de junho, julho e agosto.
Quermesses – organizadas pela igreja católica no mês de maio na praça Getúlio Vargas.
Corpus Christi – organizada pela igreja católica, com confecção de tapetes nas ruas da cidade.
Folia de Reis – acontece no mês de janeiro.
Festa de Emancipação – acontece no dia 07 de novembro.
Encenação da Paixão de Cristo – organizado pela Igreja Católica, na sexta-feira Santa, em frente a Igreja Matriz. Em todas as festas há uma imensa variedade de comidas típicas e barracas com artesanato da região.
EMANCIPAÇÃO DE IBATIBA
O município foi emancipado no dia 07 de novembro de 1981.
O processo de emancipação de uma comunidade, é detonado a partir da conquista de pontos estruturais básicos no campo social, econômico, político e cultural, que são gradativamente atingidos através do desenvolvimento global que vai se obtendo com o transcorrer do tempo por mão do engajamento consciente de seus membros e da participação ativa de suas lideranças.
Ibatiba, não fugiu a regra, com sua economia predominantemente agrícola, implementada em um processo de utilização do solo dos mais justos e democráticos do país, onde a terra fracionada em pequenas glebas possibilitou o surgimento de inúmeras propriedades agrícolas de pequeno porte, tendo como base a cultura do café, mas desenvolvendo culturas de subsistência de ciclo curto como feijão, arroz, milho e outros, além de pequenos rebanhos bovinos e de áreas aproveitadas com hortigranjeiros, gerou uma economia agrícola heterogênea, de alcance social, pela significativa necessidade de mão de obra não especializada que socializa e agiliza o processo de desenvolvimento, não obstante o seu alto desafio administrativo no campo social.
Quando então distrito de Iúna, principalmente com inauguração em 1969 da rodovia BR 262, que sulcou o seu território urbano e rural de leste a oeste, Ibatiba teve um surto desenvolvimentista acentuado e ímpar, na região, passando a necessitar de constantes e múltiplas atenções de sua administração pública, propriamente no setor de infra?estrutura básica, como água, energia, abertura e calçamento de vias públicas, redes de esgoto, escolas, saúde, habitação, lazer e, sobretudo planejamento para o seu desenvolvimento harmonioso.
Como instrumento reindivicatório Juridicamente legal e pólo de união de forças de suas lideranças, foi criada na década de 70, a Associação Pró?Desenvolvimento Urbano e Rural de Ibatiba, A.D.I., que funcionou como base de toda a organização comunitária, para falar e agir em nome de todos. Prova disso, é que o primeiro médico credenciado pelo então INPS na época, na região, instalou?se em Ibatiba e atendeu a população a nível ambulatorial. ? 0 Bairro "Associação" que hoje é parte integrante do Bairro Novo Horizonte, que compreende todas as ruas desde o campo de futebol, a partir do muro até o Hospital, inclusive, teve sua área, que na ocasião era utilizada como pastagem, requerida à Prefeitura de Iúna, tendo sido loteada e urbanizada com abertura de ruas, colocação de meio fios, construção de redes sanitárias e fluviais, iluminação, tudo isso realizado pela A.D.I, que colocou a venda os lotes de forma Vinculada as normas e critérios preestabelecidos para sua utilização e construção, através de documento legal, para que ficasse como modelo da correta forma de utilização do solo urbano, e servisse de marco para o desenvolvimento planejado do município. As instalações do Hospital e da Escola onde irá funcionar o Fórum do município, estão edificadas em áreas do Bairro Associação reservadas no projeto original para tal fim.
Após a inauguração da BR 262 em 1969, foi sendo constatado a cada dia que a sede do município de Iúna, não dispunha de meios e nem de vontade política para assistir Ibatiba em seu caminhar rápido de progresso e desenvolvimento. Resolveu?se então com a união e participação de todos os segmentos da comunidade, buscar a emancipação político?administrativa como única solução para atender as nossas necessidades. A primeira investida terminou com a frustração das expectativas mais otimistas, quando em 1975 tivemos o pedido negado, em virtude de dados fornecidos pelo IBGE, ao processo que transitava na Assembléia Legislativa, quando utilizando?se de uma estimativa distorcida, declarou não possuir Ibatiba naquele ano, os 10.000 habitantes exigidos em lei para sua emancipação, o que absolutamente não correspondia à realidade, de vez que no censo de 1970 superamos esta marca, e de 1970 a 1975 houve um crescimento urbano muito grande que superou em muito a queda do número de habitantes no setor rural pela erradicação do café naquele período, sendo que na região, Ibatiba era a exceção, crescendo enquanto todos os outros lugares perdiam habitantes, tendo sido assim prejudicado em processo de emancipação, por dados de uma estimativa regional, que informava possuirmos naquele ano um pouco menos de dez mil habitantes, quando na realidade superávamos a casa dos onze mil.
Passada a primeira desilusão, os ânimos não foram arrefecidos, a luta continuava, quando em 1980 novo censo demográfico foi realizado pelo IBGE, e aí então pudemos comprovar a nossa condição para pleitear novamente a emancipação.
Outro ponto, é nomear para a história, não no sentido de realçar subjetivamente os nomes, mas no objetivo de colocar como estimulo as futuras lideranças do município, e esforço, dedicação, altruísmo, espírito público desprendimento, disponibilidade, doação que caracterizaram a atenção da equipe de frente, que reivindicou, buscou e conduziu todo o processo de emancipação que a população de Ibatiba conseguiu através dos anos, ate a vitória de 07 de novembro de 1981, que por ordem alfabética é a seguinte: Antônio Lacerda de Oliveira, Dimas Duarte Trindade, Laércio do Carmo Teixeira, Jair Louback de Gouveia, José Ubaldo Bernardo e Soniter Miranda.
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