Ibatiba - Capital Capixaba do Tropeiro
Merecidamente o município de Ibatiba conquistou na última semana o Título de Capital Capixaba doTropeiro. O reconhecimento, elaborado por meio de lei estadual foi aprovado pelo Governador do Estado,Renato Casagrande, durante cerimônia de inauguração do Museu “Salomão José Fadlalah” – Casa daCultura e Museu do Tropeiro.
A cerimônia fez parte da Programação da Festa Caminhos dos Tropeiros – realizada entre os dias 02 e 04 de setembro, no espaço externo do Coração Sertanejo, que em três dias de festa contou com aparticipação de aproximadamente 20 mil pessoas.
E para comemorar o Título a cidade ganhou, também, um monumento em homenagem aos Tropeirosque foi fixado as margens da BR 262, no KM 158. A obra de arte, feita pelo artista plástico ItalianoGiulliano Giuseppe Fillipe foi inaugurado com a presença do Governador do Estado, Renato Casagrande.
Para o prefeito de Ibatiba, Dr. Jonhson, o reconhecimento do município como a Capital Capixaba doTropeiro é resultado de inúmeras ações que tem sido aos poucos implantadas com o objetivo defortalecer a história e a cultura da cidade.
“Durante esses quase três anos de mandato, todos os dias nossa equipe de Governo procurouestabelecer um planejamento para que a cultura de Ibatiba fosse reconhecida no Estado e porque não, em todo o país. Fico feliz, em saber que depois de tão pouco tempo já começamos a colher os frutosdesse trabalho feito com tanto carinho para o povo de Ibatiba”, salientou.
Museu do Tropeiro
Antes da restauração- o casarão antigo
Depois da reforma-o museu!
O museu terá duas salas chamadas “Memória da Família”, que contará a história dos Fadlalah, imigrantes libaneses que construíram o imóvel; um cômodo denominado “Memória da Cidade”, abrigará exposições temporárias; e outros dois ambientes irão compor o “Espaço Tropeiro”, que terá objetos da época, e quadros com curiosidades. O Museu também terá biblioteca, sala de vídeo e salas para a administração.
História
O casarão da família Fadlalah é hoje um patrimônio público. Foi doado para a Prefeitura com o intuito de preservar as memórias da cidade, que sempre foi muita ligada aos tropeiros.
Foi construído pelo imigrante libanês Salomão José Fadlalah, por volta de 1924, e utilizado como moradia da família, formada pelo casal Fadlalah e os onze filhos. Uma parte do casarão também foi utilizada como comércio, sendo um dos primeiros “secos e molhados” do município de Ibatiba.
Em 1960, quando somente uma das filhas Dona Jane Salomão Fadlalah morava no casarão, ela o dividiu, passando a servir de escola primária para os poucos alunos que viviam na Vila do Rosário, atual, Ibatiba.
Restauração
A configuração original da casa se mantém preservada. Os aspectos arquitetônicos como os espaços encontrados aparentam ter sido pouco modificados. O mesmo pode-se dizer das esquadrias, piso e forro, pois mantêm praticamente todas as características originais.
Uma das peculiaridades do Casarão da Família Fadlalah, ou Casarão da Dona Jane, como é mais conhecido, é que ele é um dos raros remanescentes desta arquitetura, ao mesmo tempo modesta, e de grande significação local, que ainda pode ser encontrada em Ibatiba, que tem em sua trajetória fases importantes para o desenvolvimento da cidade, como o início da comercialização. A partir da chegada dos imigrantes libaneses, dentre eles a família Fadlalah, no início do século XX, que o comércio local se desenvolveu.
O que é Tropeiro?Tropeiro é o dono da tropa, transportava às mulas e os cavalos para os lugares por um preço combinado. Além disso, usava os animais para transportar objetos que viriam a ser comercializados nas vilas e cidades. Eram homens corajosos e confiáveis, a quem eram entregues todos os tipos de encomenda.
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